sexta-feira, 30 de abril de 2010

Celulares e outros aparelhos eletronicos podem ser uma ameaça à saúde.

O fisico italiano Guglielmo Marconi, inventor do rádio, estaria perplexo. Graças a ele, o homem passou a enviar e recebr informações por ondas eletromagnéticas e criou uma infinidade de meios eletrônicos para se comunicar. O telefone celeluar é a vedete, com cerca de 700 milhões de usuários no planeta e 23,9 milhões de aparelhos em funcionamento, só no Brasil. O serviço de telefonia móvel é um dos que mais crescem no Pais. o problema é que a voracidade das companhias não foi acompanhada de estudos sobre o impacto ambiental da nova tecnologia. Há centenas de pesquisadores empenhados em provar que a exposição prolongada ás ondas eletromagnéticas pode provocar distúrbios que vão da simples dor de cabeça ao câncer.

Em 1997, o instituto austriliano de câncer submeteu 200 ratos predispostos a desenvolver linfoma(tumor dos gângilos linfáticos) à exposição de microondas semelhantes ás produzidas pelos celulares. Os animais recebream radiação por meia hora, duas vezes ao dia. Após 18 meses, tiveram de duas a quatro vezes mais linfomas. A critica a essas experiências é a dificuldade de repetir os resultados. O temor dos cientistas é de que aconteça, com os celulares e outros eletrônicos, a novela do cigarro. Durante décadas, as companhias de tabaco, negaram que houvesse relação entre câncer e nicotina. Hoje, elas admitem sentar nos tribunais para negociar o pagamento de indenizações milionárias ás vitimas do cigarro. "Não há clareza sobre os riscos, mas não é possivel inocentar os campos magnéticos. Alarmar não, mas investigar sim. Na dúvida, é melhor não se expor desnecessariamente," afirma Sérgio Koifman, da Escola de Saúde Pública da Fiocruz, no Rio.

Coleta na revista ISTO É, 2 de maio de 2001.

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